Letras Tropa Suicida

ESMOLAS
Milhares de famílias
Jogadas nas ruas
A implorar esmolas
A implorar comida
A implorar suas vidas

Milhares de crianças
Jogadas no chão
A implorar esmolas
A implorar comida
A implorar suas vidas

Sem futuro, sem futuro
Milhares de crianças
Sem futuro


TROPA SUICIDA
Carros bombas
Estacionas na avenida
Dinamites
Colocadas no planalto
Terrorismo
Espalhado pelas ruas
Atentados
Pra matar seus ditadores
Matar seus ditadores

Nós estamos armados
Até os dentes!
Prontos pra vencer
Matar ou morrer!


DEMOCRACIA?
Só vejo caos, só vejo miséria
Pobreza e repressão
Democracia?
Porra nenhuma!
Democracia?
Porra nenhuma!

Só vejo lixo, injustiças
A polícia esmagando pessoas nas ruas
Democracia?
Porra nenhuma!
Democracia?
Porra nenhuma!

Só vejo políticos, só vejo corruptos
A ganância nos olhos do poder
Democracia?
Porra nenhuma!
Democracia?
Porra nenhuma!


PRETO E BRANCO
Na rua que pisa o homem branco
Pisa o homem negro
Somos de um mesmo esqueleto
A cor da carne é a mesma
Estamos na mesma merda
Comemos a mesma comida
Seguiremos a mesma vida

Pretos e brancos, raça mista
Foda-se a repressão racista


VINGANÇA
Olhe quantas pessoas já morreram
Por esses incompetentes
Governos de fascistas
Matam milhares de inocentes
Famílias e crianças
E dizem que isto é governar

Agora é a nossa vez
Viemos te destruir
Agora é a nossa vez
Vingança, vingança

Fodam-se EUA, Rússia e Líbia
Ninguém precisa deles
Destes porcos do poder
Não viemos aqui pra governar
Nem pra sermos governados
Viemos anarquizar

Agora é a nossa vez
Viemos te destruir
Agora é a nossa vez
Vingança, vingança


MATE REAGAN
Pela liberdade da América Latina
Mate Reagan, mate Reagan
Pela independência do 3º mundo
Mate Reagan, mate Reagan
Pelo fim de guerras e corridas nucleares
Mate Reagan, mata Reagan

Reagan, grande porco fascista
Escraviza os países pobres
Em troca do seu maldito interesse
Reagan, grande filho da puta
Negocia guerras e armas
Como se fossem brinquedos
Mate Reagan, mate Reagan, mate Reagan
Mate Reagan, mate Reagan, mate Reagan


BRASIL
Em nome da ordem no país
Jovens foram torturados
ao mando dos generais
Em nome do progresso nacional
Entregaram nossas indústrias
às multinacionais

Miséria, Brasil, miséria!

Em nome da ordem e do progresso
Foram criadas usinas
Para o avanço nuclear
E é em nome de toda essa desgraça
Que operários passam fome
Vivendo como marginais

Miséria, Brasil, miséria!


EXTERMÍNIO DE ANIMAIS
Parem com o extermínio de animais
Fúria incontrolável
Assassino insaciável
O homem mata apenas por prazer
Mata apenas por prazer

Prazer de matar
Animais inocentes
Prazer de destruir
Sua própria natureza

Extermínio de animais
Extermínio de animais
Parem o extermínio de animais!


VALE DA MORTE
Maldito progresso, selvagem e desordenado
Poluindo as pessoas, condenando suas vidas
Maldita ganância, cega e desumana
Sacrificando inocentes, em nome do dinheiro

Fábricas da morte, nuvem maldita
Doença e miséria, desgraça e fome
Cubatão, vale da morte


MOLEQUE DE RUA
Moloque de rua
Pivete da praça
Que pede comida
Que pede dinheiro
Que rouba e que mata
Que apanha e assalta
Que fabrica seus sonhos
Num saco de cola
Sua hora chegou
Você tem que lutar
A policia te esmaga
Mas você contra-ataca!


VIOLÊNCIA CEGA
A violência social
Que nos massacra todos os dias
Gera mais violência
E revolta em nossas mentes
Mundo cheio de ganância
De explorados e exploradores
É o suor da escravidão
Sustentando a sociedade
Violência cega, violência cega
Violência cega, violência cega!


DESORDEM NACIONAL
Nascemos num bairro do subúrbio
Sem ter chances de vencer
Marginalizados pelo Estado
Não temos muito a perder

No trabalho somos explorados
E não sobra grana pra estudar
A polícia segue nossos passos
Esperando a chance pra nos matar

Somos filhos da desordem
Um exército sem leis
Estamos unindo nossas forças
Para destruir vocês

Nascemos num bairro do subúrbio
Sem chances de vencer
marginalizados pelo Estado
Não temos muito pra perder

Não queremos o Brasil entregue
aos banqueiros internacional
Somos um exército de explorados
Viver na desordem nunca mais


APOCALIPSE
Apocalipse!

Por que a ganância e a inveja te cegam
Por que o egoismo tomou conta de você
Por que olhar pra baixo é impossível
E é bem mais fácil fingir que você não vê

Quanta hipocrisia!
Quantos vendem sua alma pra poder vencer?

Apocalipse, já chegou você nem vê
Apocalipse, você ainda tem medo de que?

Olhe as barbáries e crimes sem motivos
Por sexo inútil e fútil pra vender
Olhe as crianças que habitam pontes e marquises
Pela indiferença que habita em você

Quanta hipocrisia!
Quantos vendem sua lama pra poder vencer?

Apocalipse, já chegou você nem vê
Apocalipse, você ainda tem medo de que?

Consumismo barato e vaidades inuteis
Religiões de preço fixo da fé
Cuspira pra trás te parece tão cômodo
E você ainda acredita que é melhor que alguém

Quanta hipocrisia!
Quantos vendem sua alma pra poder vencer?

Apocalipse, já chegou você nem vê
Apocalipse, você ainda tem medo de que?
Apocalipse, sinto pena de você
Apocalipse, suicide-se a tempo pra não ver!


O CONDUTOR
Glória! Glória! Assim tudo começou
Glória! Levantem as mãos meus irmãos
Glória! Aceitem o novo condutor
Glória! Bebam a sangria até o fim

Glória! Me deem graças e louvor
Glória! Sua alta estima vou buscar
Glória! Você pra mim é incolor
Eu vou mostrar a vocês o caminho da vida eterna

Você é nosso mestres condutor e professor
Na paz, na guerra, esperança, ódio e amor
No pecado da luxúria, purifique sua alma
Doe seus ebns ao condutor que ele tudo administra

Agora tens uma grande legião que pode lhe servir
As circunstâncias perigosas, um glorioso suicido
Eu me importo vendo essas pessoas destinadas a partir
Independente da vontade própria elas podem explodir

As fortunas que ganhou, as beatas que comeu!
Me arrisquei por um homem recalcado, hipócrita!
Quem é que tem coragem de lutar por uma causa
De atacar pessoas indefesas, pelas costas!

Deem as mãos meus irmãos
Faremos uma corrente, deem suas ofertas

É patifaria o que esses homens fazem sempre com você!
O jogo sujo, o interesse egoísta, a procura do poder
É patifaria o que esses homens fazem sempre com você!
A liberdade adquirida não tem preço, mandem todos se foder!


BIG TROPA FELIZ
Duas "mulher" é muito bom
Com uma garrafa de bourbon
Aumenta o som que vem a Tropa Suicida


11 DE SETEMBRO
Milhares de índios dizimados como insetos
Racismo e massacre de negros escravizados
Embargos e espionagem em Cuba e Nicarágua
Extermínio de Hiroshima e Nagazaki pela paz?

USA! USA!
De luto pelos inocentes estou
USA! USA!
Colher os espinhos plantados te dá dor?

Napalm e covardias cuspidas no Vietnã
Terrorismo civil na Líbia e no Irã
Seu povo é quem paga o preço da política xerife
De baixo dos escombros das torres do poder

USA! USA!
De luto pelos inocentes estou
USA! USA!
Colher os espinhos plantados te dá dor?

Tantos Crimes, índios, negros, orientais, latinos
Asiáticos, muçulmanos, mestiços, palestinos

USA! USA!
De luto pelos inocentes estou
USA! USA!
Colher os espinhos plantados te dá dor?

Quanta política egoísta move a sua ignorância
O desejo de poder cego a sua razão
Democracia feita com racismo e terrorismo
Faz de vocês a farsa mundial do poder

USA! USA!
De luto pelos inocentes estou
USA! USA!
Colher os espinhos plantados te dá dor?
USA! USA!
De luto pelos inocentes estou
11 de Setembro! 11 de Setembro!
Colhe seus corpos nos escombros te dá dor?


AS CORES DO MEU TIME
Quem me chamou no fim de tarde? Meu time vai jogar!
Chega de trampo, já dei meu sangue
Me esperam no bar! Me esperam no bar!

Álcool, futebol! Pegue a bandeira e vamos lá!
Álcool, futebol!
Ninguém vai nos segura! Ninguém vai nos segurar!

Não quero treta, nem confusão! Me deixa fora dessa!
Pular, gritar, ser campeão! Só quero zoar! Só quero zoar!


EU NUNCA QUIS SER ASSIM
Bate forte coração ardente, como dói dentro de mim
Bate forte, sangue amargo, eu nunca quis ser assim
Como luz no fundo brilha, você me viu como eu nunca vi
Doce espelho do meu mundo, só calor amor te vi
Bate forte agora baby, você dispara meu coração
Bate forte, já é hora, tão monstro mas quer seu perdão

Não, eu nunca quis ser assim
Não, eu não quis fazer isso
Não, eu nunca quis ser assim

Bate forte, sangue amargo, eu nunca qui ser assim
Bate forte coração ardente, como dói dentro de mim
Cara feia a indiferença, eu nunca quis ser assim
Palavras que cortam ferem tanto, também doem dentro de mim
Bate forte, estoura, agora, perdoar não é esquecer
Bate forte, nunca vou embora, de tanto medo de te perder

Como luz no fundo brilha, você surgiu
Tanto espelho do seus mundo, você nem viu
Tanto amor quero que caiba dentro de você
Bate tanto que não me controlo, só quer você
Esqueça tanto gosto amargo, vou me comportar, eu juro!

Não, eu nunca quis ser assim (tente, acredite)
Não, eu não quis fazer isso (não me reconheço mais)
Não, eu nunca quis ser assim


CAMINHO FORASTEIRO
Advinha o que é que eu aqui estou pensando há horas?
O seu julgamento é o momento certo de você me escutar
Nesta estrada esburacada não há placas me mostrando o caminho pra onde ir

Cuidado que eu estou nesse momento há um milhão por hora
Não me venha com esse papo furado de misericórdia
As emoções da longa vida na estrada não permitem cruzamentos temos que seguir
Os momentos e as lembranças que enraízam a nossa vida nessa terra vão existir

Todo cidadão querido e muito bom é bem amado
Por cidadão camaleões que seguem a nossa vida lado a lado
Todos ditadores lutadores nunca dizem a verdade
O desejo de beber o sangue alheio é que lhes dá vontade

Por isso que soi gringo forasteiros
Querido e mui amado por mi mujer


FALAR OU MORRER
Revolução, tem seu nome!
É mais que um grito, é mais do que dor
Nos aparelhos escondidos, tramando
Um sonho glorioso de vencer

Armas da inocência e medo
Confundindo Resistência e temor
A tortura não mais te obceca
Quanto tempo eu posso aguentar

Falar ou morrer, ou morrer falando
De estudante a idealista encurralado!
Falar ou morrer, ou morrer falando
Companheiros! Estou preparado!

Uma sala escura, sombria. Um mergulho no mar, água fria
Um fio desencapado, ligado. Um esquema a delatar, entregar


LEMBRANÇAS TURVAS
Vida curta em doses longas
As luzes piscam, te chamam pra ver
Na primeira taça, lembro a ressaca, a overdose
A vida nunca mentiu pra você

Cada gole, cada garrafa que engole
Dão o sinal do que acontece a você
Naquela esquina, puta cheiro de urina!
Corpo caído, ninguém para pra ver

Porque sempre escurece, e seu corpo padece
Outra garota chega mais perto pra te ver
Suor curtido, alguém cuspindo em teu ouvido
Outro farol... sempre aberto pra você!

Bebo o vinho que entorpece a mente
Eles nunca acreditaram em você
Vire a taça, como desce quente!
A ferida é bem maior do que se pode ver

Vida curta, em doses longas
As luzes piscam, te chamam pra ver
Na primeira taça, lembro a ressaca, a overdose
A vida nunca mentiu pra você

Beba o vinho que entorpece a mente
Mergulho fundo, não tá mais dando pra ver
Outra garrafa, agora desce mais quente
A vida é bem mais do que eu e você

Mijada ardida, descarga fedida
As horas passam bem em frente a você
Fumaça e corpos, garrafas e copos
Tombando lentos, não querem mais te ver

Lembranças turvas, perdi a luz da estrada
Copos quebrados, garrafa vazia na mão
Lembranças turvas, morrerei nas curvas
Depois da ressaca, não vou querer mais te ver!

Lembranças turvas, lembranças turvas
Turvas, turvas, sempre turvas...


NINFA
Na sua mente você fantasia!
Masturbando a sua consciência de formas infinitas
O meu protesto é a de advertência!
O seu amor perverso, o seu universo paralelo, sexo

Não, não, não, não declare guerra
Você vem a minha procura quanto te interessa
Não, não, não, não declare guerra
Você uiva comigo quando eu faço depressa

O homem é comparado a máquina
O desgaste vem acelerado
Você virou quando foi amada
É a condição amarga do passado

Caso seja do seu interesse
eu não vou lutar contra o mundo
Sacrifico a minha vida trabalhando e negando
As minhas próprias criações, um absurdo!
Caso seja do seu interesse
Eu não vou lutar contra o mundo

Eu não acredito mais em você
Você me troca por sexo
É somente o que lhe interessa
O seu prazer saciado sem regras
A ferida aberta, cheia de muitas promessas
Não, não, não, não declare guerra!


PARANOIA
Corri, corri, corri
Cansei, cansei, cansei
Parei, parei, parei
Deitei, deitei, deitei
Dormi, dormi, dormi
Sonhei, sonhei, sonhei
Sonhei que corri!